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quarta-feira, 26 de maio de 2010

INSATISFAÇÃO, ANO ELEITORAL, CORRUPÇÃO

Por Cláudio Avelar - Jornal Alô Brasília

Ano eleitoral. Mais uma vez começa uma onda de corridas e movimentações que na verdade tentam fomentar a indústria do voto.

Começa sempre com um sorriso simpático, uma crítica ao Governo, uma reclamação da falta de segurança e depois se apresenta como a solução para todos os problemas, do tipo: “Prometo que quando for eleito vou fazer chover diariamente no sertão”.

Falas como essa fazem parte do vocabulário presente no dia a dia do candidato sujo, que apenas promete sem pensar em como promoverá o resultado e que apenas faz fomentar ainda mais a desilusão do povo na qualidade do representante das comunidades.

Gostaria de acreditar em pelo menos 10 % do que já ouvi durante o período de campanha eleitoral, mas infelizmente o político profissional ainda não mudou o discurso e apesar da experiência sempre desiludida do eleitor, consegue voltar e com a cara mais lavada do que nunca, pedir o voto.

Começa justificando os porquês de não haver cumprido as últimas promessas, culpando alguém, depois afirma em alto e bom tom que na próxima vez vai conseguir fazer valer sua vontade.

Surge agora a nova versão de políticos: o candidato “copa do mundo”, pois só aparece a cada quatro anos. Primeiro pede o voto prometendo milagres, ganha a eleição, mas nada faz, depois desaparece e volta apenas na época da próxima, afirmando que agora conseguirá fazer tudo caso tenha o apoio necessário.

A população extremamente carente precisa acreditar em alguma coisa, pois o estado ausente nada faz em relação aos principais anseios sociais e dessa forma acaba por consentir que políticos dessa natureza, infestem os plenários com projetos promíscuos e que em nada ajudarão a resolver as pendências da comunidade.

Essa roda que não para de girar contra o povo, vem como uma avalanche que destrói todos os sonhos e faz com que em seguida todos sejam colocados em uma vala comum, do tipo, na política ninguém presta.

Sabemos que apesar das últimas demonstrações da falta de compromisso com a sociedade, como por exemplo, o que aconteceu na capital federal, onde até o Governador foi preso por conta dos escândalos que envolviam o dinheiro público, percebe-se que se aconteceu assim é por ser possível uma limpeza e uma real mudança no sistema público.

A corrupção, tenho certeza, é o maior de todos os males, pois acaba com as verbas e desvia a atenção do servidor para problemas de interesse privado e empresarial em detrimento aos reais sonhos do povo, sempre carente, porém esperançoso, mas que não consegue encontrar soluções.

Ora, se até o Governador foi preso, então quer dizer, que pelo menos se pode vislumbrar um luz no fim do túnel, sendo possível então concluir, que uma nova era pode estar por chegar em Brasília e daí pra frente contaminar o resto do Brasil, com atitudes que ajudariam a mandar para bem longe os oportunistas e ladrões dos sonhos populares.

Nesse fatídico episódio, toda a alta cúpula do Governo do DF acabou caindo em seus próprios precipícios e mortos com o próprio veneno. Parlamentares foram desmascarados, membros do poder executivo saíram de cena, fazendo com que se imaginasse que haveria até uma intervenção federal para tirar Brasília desse mar de mala institucional.

Ainda não acabou a novela, pois a alta corte, não decidiu se determina ou não a intervenção, mas é fato que todos, pelo menos estão disfarçando melhor. Contratos estão sendo analisados e o superfaturamento está sendo revisto e a sociedade magoada, está pelo menos, reavaliando seus conceitos.

Por fim fica a mensagem para os novos políticos, já que a renovação é exigida por todos. Não adianta querer comprar o voto, pois o povo já sabe que nas urnas o seu poder é igual ao de qualquer um. O voto do pobre tem o mesmo valor do voto do rico e atualmente aquele que vende o voto não mais entrega, pois vai dar seu poder de eleger a quem mais lhe agradar realmente, independente das caixas de cerveja, churrascos, sacos de cimento, contas de luz, dentaduras ou botinas.

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